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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

MAIS SOBRE OLEOS LUBRIFICANTES... HORA DE TROCAR O OLEO!



Nos motores dos nossos veiculos, a troca de óleo é um serviço bastante importante e algo que necessita de uma atenção especial.
No que diz respeito à troca de óleo,  um mal que assola os motores é a tão falada "BORRA" que entope o recuperador/pescador da bomba de óleo e ainda todos os circuitos internos de lubrificação do motor, o que causa desde pequenas avarias até possivelmente à perda total do motor.
Este problema pode aparecer com aviso prévio, normalmente em forma de ruídos estranhos no motor ou mesmo piscadelas na luz de advertência no painel do veículo, porém e em alguns casos, mesmo sem qualquer manifestação de aviso prévio, o motor literalmente entrega a alma ao criador.
Para muitos Empresários este fato pode parecer ficção, mas para muitos outros é ou foi já uma amarga realidade. Não sei se já lhes passou pela cabeça poder simplesmente perder o motor pela simples falta da troca de óleo?
E como isto pode acontecer? 
A experiência de alguns tem  mostrado que as trocas de óleo com intervalos prolongados, aliada a mais alguns fatores, tais como, a má qualidade do combustível que às vezes abastecemos os nossos veículos sem que o percebamos, a utilização do veículo predominantemente em filas de transito e ainda por cima em trajetos curtos, deteriora em demasia as funções do óleo lubrificante, que assim precisa ser trocado em intervalos menores. Pessoalmente sou daqueles que dou um cartão amarelo aos óleos Long Life ( trocas com mais de 10.000km) que proliferam nesse mercado.
O tipo de óleo adequado para o nosso motor está relacionado  também ao tipo de utilização dada, e assim é uma tarefa que a meu ver deve ser muito bem pensada.
Portanto o ideal é que as trocas de óleo sejam mesmo muito bem feitas, pois caso contrário passamos inevitávelmente a estarmos incluídos num grupo de risco.
Vale a pena ainda salientar que o emprego de lubrificantes de 1ª linha, e refiro-me a oleos sinteticos 100%, tal como a  troca do filtro de óleo a cada troca, são princípios básicos que contribuem para se obterem bons resultados.
Alguns de nós certamente pensa que os lubrificantes são todos iguais, bastando apenas identificar a faixa de viscosidade, ex: 0W40 e tudo bem. 
Grave engano! Existem demasiados fatores que explicarei mais adiante a levar em consideração.
Básicamente existem vários tipos de lubrificantes que se distinguem pelas suas reais qualidades. E é aqui que na maioria das vezes reside o maior problema: seduzido por uma troca de óleo com preço bem inferior á outra, opta-se pela mais barata, que via de regra não satisfaz as recomendações mínimas exigidas para um determinado motor. 
Este caso já aconteceu a Empresários, que após terem corrigido o fator marca e qualidade aplicada viram como milagre problemas relacionados com a diluição do oleo  desaparecerem. Como sempre, deve-se atentar ao Manual do Veículo. Nele encontramos o óleo recomendado e suas especificações. Deve-se ainda ficar bastante atento ao período de troca, pois a má qualidade dos nossos combustíveis contribui  bastante para o que se chama óleo degradado. 

  Óleos, a sua função, conselhos: 

Trocar o óleo de motor é uma das ações de manutenção mais banais. Existe ainda quem vacile na hora de escolher com que tipo de fluido o motor trabalhará melhor - informação que, diga-se de passagem, está no manual do proprietário. Potência e taxa de compressão do motor são informações que determinam a decisão. Vale a pena sempre entendê-las, para não se escorregar no ato de escolha "vai mineral, semi-sintético ou sintético?”.
Vou tentar descrever o que é propriamente o óleo em si de uma forma resumida: São todas as substâncias lubrificantes que se apresentam no estado líquido em temperatura normal.
Existem assim diferentes tipos dentro de uma classificação técnica, que podem ser de origem mineral ou sintética.
São usados sempre para diminuir o atrito entre as várias peças móveis do motor, da caixa de mudanças e diferenciais. É  assim imprescindivel para  um bom funcionamento do veículo, por isso devem estar sempre dentro dos níveis recomendados pela fábrica. 
O motor, exige  trocas periódicas, também especificadas pelos fabricantes, e como dica, não se deve misturar óleo mineral com sintético.
Há no “manual” qual o lubrificante que cumpre da melhor forma todas as funcões para aliviar o atrito entre as várias peças e componentes internos do propulsor, sendo as mais importantes as que passo a destacar:
Comando de válvulas, ou seja a parte mais alta por onde passa o óleo, não esquecer que é por aí que entra no motor com a função de limpar e lubrificar o eixo , segue-se o carter, onde com a gravidade e através de orificios "canais", o óleo escorre até este reservatório.  Aqui ocorre a sua refrigeração, voltando em seguida  à circulação. 
A Bomba de óleo que recolhe o óleo que está no cárter e o faz circular de novo, sendo que o liquido lubrificante esteja limpo para evitar problemas na mesma.
O Filtro, que retém as impurezas, tal componente deve ser trocado regularmente, isto para manter o sistema de lubrificação eficiente.
O virabrequin ( arvore de manivelas) que fica lubrificada e limpa, e onde o óleo é pulverizado sobre o eixo movido pelos pistões.
O Pistão, que é onde o óleo permite que se mova livremente e assim ao mesmo tempo, impede também que as partes metálicas entrem em contato direto, evitando o sobreaquecimento e ajudando a refrigeração.
Os canais para o cabeçote, onde através destes pequenos orificios o óleo chega até á parte superior do motor e recomeça de novo a sua  jornada. 
Os óleos minerais 
Que são os mais baratos e comuns no mercado.
Adequados para motores convencionais de qualquer cilindrada, têm assim uma viscosidade adaptada à temperatura de funcionamento do motor em causa, atingindo os principais pontos de lubrificação  mesmo no inverno, ou seja, quando há maior resistência ao escoamento do lubrificante pelas vias ou galerias do óleos existentes no motor. Um alerta, com o tempo, os óleos minerais podem provocar carbonização principalmente no cabeçote e nas sedes de válvula, caso não sejam usados aditivos especiais para evitar o problema.
Os Semi-Sintéticos
Que  são os de base sintética e mineral, recomendados para motores mais potentes e que atingem um nível de rotação acima da média, isto  por terem menor quantidade de compostos de carbono mineral, provocando menos carbonização das câmaras de combustão, o que note-se facilita a entrada e saída dos gases de admissão e escape, isto além de evitar problemas tipo  batida de pino. Outra característica deste tipo de óleo é formar uma película protectora nas paredes dos cilindros, diminuindo o atrito entre as partes móveis durante o arranque/partida.
Sintéticos 
 Os veiculos de alta perfomance ligados á competição ou não, os turbinados, deve usar obrigatóriamente óleos sintéticos, são estes afinal que  têm uma curva de viscosidade mais constante, independente da temperatura do funcionamento do motor, e ainda não provocam carbonização.
Usá-los em carros convencionais é um autentico desperdício de dinheiro.

LETRAS E NÚMEROS - Na lata ou embalagem do óleo, existem sempre  informações. O proprietário mais atento observará a letra W (de winter, inverno em inglês). Antes e depois dela, números, que indicam que temperaturas o fluido é capaz de agüentar. O que antecede, indica a temperatura mínima, quanto mais baixa, menor a temperatura. O outro  informa a maior temperatura a que o óleo resiste e seguindo a lógica, quanto maior o número, mais alta a temperatura.
Mais ao pormenor
o significado das siglas que vêm nas embalagens de lubrificantes (API, ACEA, JASO, NMMA)?  são siglas de entidades internacionais que são responsáveis pela elaboração de uma série de normas (baseadas em testes específicos) para a classificação dos lubrificantes, de acordo com seu uso. Desta forma, o consumidor tem como identificar se o lubrificante atende às exigências de seu equipamento, consultando seu manual. Como exemplo temos:
SAE - Society of Automotive Engineers
É a classificação mais antiga para lubrificantes automotivos, definindo faixas de viscosidade e não levando em conta os requisitos de desempenho. Apresenta uma classificação para óleos de motor e outra específica para óleos de transmissão
API - American Petroleum Institute
Grupo que elaborou, em conjunto com a ASTM (American Society for Testing and Materials), especificações que definem níveis de desempenho que os óleos lubrificantes devem atender. Essas especificações funcionam como um guia para a escolha por parte do consumidor. Para carros de passeio, por exemplo, temos os níveis API SL, SJ, SH, etc.. O "S" desta sigla significa em inglês: Service Station, e a outra letra define o desempenho. O primeiro nível foi o API SA, obsoleto há muito tempo, consistindo em um óleo mineral puro, sem qualquer aditivação. Com a evolução dos motores, os óleos sofreram modificações, através da aditivação, para atender às exigências dos fabricantes dos motores no que se refere à proteção contra desgaste e corrosão, redução de emissões e da formação de depósitos, etc. No caso de motores diesel, a classificação é API CH-4, CG-4, CF-4, CF, CE, etc. O "C" significa Commercial. A API classifica ainda óleos para motores dois tempos e óleos para transmissão e engrenagens.
ACEA - Association des Constructeurs Européens de l´Automobile (antiga CCMC)
Classificação européia associam alguns testes da classificação API, ensaios de motores europeus (Volkswagen, Peugeot, Mercedes Benz, etc.) e ensaios de laboratório.
JASO - Japanese Automobile Standards Organization
Define especificação para a classificação de lubrificantes para motores a dois tempos (FA, FB e FC, em ordem crescente de desempenho).
NMMA - National Marine Manufacturers Association
Substituiu o antigo BIA (Boating Industry Association), classificando os óleos lubrificantes que satisfazem suas exigências com a sigla TC-W (Two Cycle Water), aplicável somente a motores de popa a dois tempos. Atualmente encontramos óleos nível TC-W3, pois os níveis anteriores estão em desuso.
O que significam os números (20W/40, 50, etc.) que aparecem nas embalagens de óleo?

Estes números que aparecem nas embalagens dos óleos lubrificantes automotivos (30, 40, 20W/40, etc.) correspondem à classificação da SAE (Society of Automotive Engineers), que se baseia na viscosidade dos óleos a 100oC, apresentando duas escalas: uma de baixa temperatura (de 0W até 25W) e outra de alta temperatura (de 20 a 60). A letra "W" significa "Winter" (inverno, em inglês) e ela faz parte do primeiro número, como complemento para identificação. Quanto maior o número, maior a viscosidade, para o óleo suportar maiores temperaturas. Graus menores suportam baixas temperaturas sem se solidificar ou prejudicar a bombeabilidade.

Um óleo do tipo monograu (monoviscoso) só pode ser classificado em um tipo escala (apresenta os graus 10W, 20W, 30, 40 ou 50). Já um óleo com um índice de viscosidade maior pode ser enquadrado nas duas faixas de temperatura, por apresentar menor variação de viscosidade em virtude da alteração da temperatura. Desta forma, um óleo multigrau SAE 20W/40 se comporta a baixa temperatura como um óleo 20W reduzindo o desgaste na partida do motor ainda frio e em alta temperatura se comporta como um óleo SAE 40, tendo uma ampla faixa de utilização.
Uma outra especificação muito importante é o nível API (American Petroleum Institute).

     Seguem-se as perguntas mais usuais:

Quando devo trocar o óleo do carro?
Quando atingir o período de troca recomendado pelo fabricante do veículo e que consta do "Manual do Proprietário".
Os fabricantes de motores recomendam períodos de troca cada vez maiores, dependendo do tipo de serviço e da manutenção do carro, pessoalmente discordo um pouco, defendendo mais  uma periocidade mais curta nas trocas.
O período de troca do filtro de óleo também é recomendado pelo fabricante do veículo e consta do "Manual do Proprietário". Normalmente, ela é feita em cada duas trocas de óleo. Porém, já existe quem recomenda a troca do filtro a cada troca do óleo.

(Para pensar: Depois de um banho voce usaria a mesma roupa?)

Qual o nível correto do óleo no motor?

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, o nível correto  encontra-se entre os dois traços e não só no traço superior. Se o óleo fica abaixo do mínimo da vareta, o motor pode ser prejudicado por falta de lubrificação. No entanto, se o óleo fica acima do máximo da vareta, haverá aumento de pressão no cárter, podendo ocorrer vazamento e até ruptura de bielas, isto além do óleo em excesso ser queimado na câmara de combustão sujando as velas e as válvulas, danificando também o catalisador no sistema de descarga do veículo.
 
Posso misturar produtos de marcas diferentes?

Em princípio, os óleos automotivos existentes no mercado são compatíveis entre si, não apresentando problemas quanto a misturas, desde que se tome cuidado de misturar produtos de mesmo nível de desempenho API e de mesma faixa de viscosidade SAE. No entanto, a melhor alternativa ainda é evitar estas misturas, sempre que possível, de forma a permitir o melhor desempenho do óleo utilizado.

Qual o óleo correto?
Para saber qual é o lubrificante correto para o seu veículo, consulte o "Manual do Proprietário" na parte de manutenção quanto à viscosidade (SAE) e ao desempenho (API) ou então verifique nas tabelas de recomendação disponíveis nos postos de serviço.


Qual a diferença entre o óleo sintético e o mineral? Eles podem ser misturados?

O lubrificante é composto por óleos básicos e aditivos. Sua função no motor é lubrificar, evitar o contacto entre as superfícies metálicas e refrigerar, independentemente de ser mineral ou sintético. A diferença está no processo de obtenção dos óleos básicos. Os óleos minerais são obtidos da separação de componentes do petróleo, sendo uma mistura de vários compostos. Os óleos sintéticos são obtidos por reacção química, havendo assim maior controle em sua fabricação e por isso são produtos mais puros e melhor elaborados.
Não é recomendado misturar óleos minerais com sintéticos. Os óleos básicos apresentam naturezas químicas diferentes e a mistura pode comprometer o desempenho de sua aditivação, podendo gerar depósitos. Além disso, não é economicamente vantajoso, já que o óleo sintético é muito mais caro que o mineral e a mistura dos dois equivale praticamente ao óleo mineral, sendo, portanto, um desperdício.

O óleo sintético é elaborado a partir de um processo químico que utiliza componentes selecionados e completamente isentos de impurezas. Suas moléculas não contém os contaminantes encontrados nos óleos minerais comuns e são muito mais uniformes em tamanho e forma, o que resulta em um óleo de desempenho superior. Pode-se dizer que se trata de um
óleo feito sob medida.


  Fernando Almeida

 

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